Título: Deuses e Heróis
Autora: Zelita Seabra.
Editora: Record.
Páginas: 167 páginas.
Depois de
Alice no País do Espelho, peguei um livro na biblioteca que fala sobre mitologia
grega, uma das minhas favoritas. Assim que vi o título sabia que falava de
alguma coisa do gênero. A autora fala com simples palavras e de fácil
compreensão sobre as histórias dos deuses do Olimpo. A origem deles, o que
aconteceu, traições, titãs e titânides, Pandora, entre outros. Depois fala de
alguns principais heróis da mitologia como: Perseu (a história não é a mesma de
A Fúria de Titãs), Héracles (Hércules), Jasão e os Argonautas, Os heróis de
Tróia, Ilíada e Odisséia. Bem resumidamente o livro fala das coisas principais
sem embolar. No final do livro tem até um quadro genealógico dos deuses. E também te como se fosse um dicionário explicando sobre ninfas, alguns mitos e outros.
Achei tão interessante que vou colocar aqui. Vou separar em partes porque senão fica muito grande. :-)
Vou tentar explicar um pouco da
suposta origem dos deuses e do mundo segundo os gregos antigos, a chamada Teogonia:
Caos é o vazio primordial, nas
sagas nórdicas ele é representado como yawning gap – um imenso -, mas também
era matéria dotada de energia. Caos gerou Érebos – Sombra - e Nix – Noite (na
mitologia egípcia o nome é Nut, mas isso não vem ao caso). Érebos por ser fraco
demais foi assimilado por Nix tornando o epíteto da Noite: Noite sombria.
Nix é a entidade feminina
destinada a nunca dar à luz por união do amor. Ela gera por separação. Sendo
assim cria-se um trio: Moros, Ker e Tânatos. Moros é o lote, que separa a vida
e morte; Ker é o espírito vingador do morto e Tânatos é a própria morte.
Na outra geração surgem Hipnos
e Oneiros, o sono e o sonho respectivamente (daí vem a expressão onírico).
Em gerações sucessivas: o par
Sarcasmo e Angústia; as Hespérides – as guardiães das portas do poente, da
soleira onde termina o dia e desce a noite; Keres (Parcas) – distribuidoras –
uma fia o fio da vida, que a outra mede e a terceira corta; Nêmesis – a punição
divina.
Seguem-se a estes: Geras – a
velhice maldita; Eris – a discórdia; a luta violenta; Lethe – o esquecimento;
Ponos – a fadiga; Algos – a dor; Horcos – o juramento de vingança. Encerrando a
geração de Noite e de Caos, surgem: Disputa; Mentira; Combates assassinos; Palavras
equívocas.
A luz ilumina três personagens,
Tártaro, Géia e Eros.
Tártaro, habitação nas
profundezas onde gerações divinas lançarão seus inimigos.
Eros, como o mais
belo dos deuses imortais (o famoso Cupido).
Géia, de vasto seio, gera Urano – o
Céu – e com ele forma par e com isso surge o amor.
O Céu cobre a Terra com amor
e da união dos dois nasce os Titãs, as Titânides e outros seres descomunais. Mas
Urano não permite o nascimento deles, então os empurra para dentro do ventre da
mãe Terra.
Em Cronos nasce ódio ao pai que
não o deixa existir. Géia, sufocada com a massa de filhos em seu ventre, trama
com Cronos a libertação. Dá ao filho uma foice e, quando Urano vem se deitar
com ela, Cronos sai e mutila as partes viris do pai.
Do sangue caído na terra nascem
as Erínias – deusas justiceiras. Do esperma, que Oceano recebe em forma de
espuma, nasce Afrodite. Cronos liberta seus irmãos e irmãs. Cronos casa-se com
Réia; Oceano com Tétis; Céos com Febe.
Cronos fica sabendo que um dia um fiho
de Réia o mataria, então devora cada filho ao nascer. Réia trama para conseguir
fazer viver o novo filho que está esperando. Assim que ele nasce, ela o esconde
na ilha de Creta e entrega ao marido uma pedra envolta em roupinhas de criança.
Cronos engole, descobre a traição e entra em fúria. Zeus, o filho que escapou,
logo em seguida aparece já homem, vence o pai e obriga-o a vomitar os irmãos.
Logo é desafiado pelos Titãs.
De um lado, apoidado por seus
irmãos, comanda Zeus, possuidor de armas poderosas: o raio e o trovão. Como
aliados recorre aos Hecatonquiros – monstros de cem braços e cinqüenta cabeças,
que estavam aprisionados nas trevas. No campo adversário, Cronos e todos os Titãs.
A luta termina com a derrota dos Titãs.
Prometeu – significa previsão
(vem de promantis) - e Epimeteu –
significa idéia que surge depois do ato
– filhos do titã Jápeto. Epimeteu criou os homens sem meios de proteção, mais
fracos que os animais. Arrependeu-se e pediu auxilio ao irmão. Prometeu subiu
ao Céu, chegando ao Sol, acendeu uma tocha e a trouxe para a Terra. Entregou aos homens. Zeus jurou
vingar-se. Não retoma o fogo sagrado, mas envia aos homens um mal: a criação
maldita das mulheres, flagelo terrivel, instalado no meio dos homens (¬,¬).
Encarregou Hefesto de fabricar algo muito perigoso, mas bonito aos olhos. O
deus criou uma donzela tímida que irradiava beleza e que os deuses cobriram de
adornos. Chamava-se Pandora – significa dádiva
de todos. Zeus mandou para Epimeteu, que aceitou de bom grado.
A jovem trazia uma caixa (ou um
jarro, como alguns chamam) que os deuses lhe tinham dado com a condição de que
não a abrisse. Pandora, com curiosidade incontivel, abriu a caixa (daí vem a
expressão “curiosidade mata”). Daí
jorrou inúmeras pragas, tristezas e males para a humanidade. Pandora,
assustada, fechou rapidamente a tampa e só conseguiu manter a Esperança. A ira
de Zeus voltou-se para Prometeu, que foi capturado e acorrentado em uma rocha
no Cáucaso, que na verdade não era só um castigo.
Zeus tinha conhecimento de
uma profecia segundo a qual, um dia, um filho o destronaria: tencionava coagir
a Prometeu revelar-lhe o nome da criança e da mulher de quem nasceria. O titã
recusou-se. Então foi submetido a uma tortura: uma águia viria cada dia
bicar-lhe o fígado, mas nada aplacou a vontade de Prometeu.
Quando o titã é libertado há
duas versões: uma Quíron, o Centauro se ofereceu para ficar em seu lugar; outra
Héracles (Hércules) abateu a águia com uma de suas flechas envenenadas e
liberta Prometeu com o consentimento de Zeus.
Após a guerra com os Titãs,
Zeus dividiu o poder com os irmãos: este ficou com o domínio dos céus; Hades
com o domínio do mundo dos mortos e Poseidon ficou com o domínio dos mares.
Mesmo tendo suas províncias, os deuses se reuniam no Olimpo onde também faziam
banquetes e comemorações. Os maiores deuses eram doze - incluindo Zeus.
No próximo post eu coloco um resumo sobre os 12 deuses principais do Olimpo.
Até,
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